A pintura interativa propõe que o observador participe da obra, interagindo com as imagens para criar novos significados. Oferece uma visão tridimensional e as pessoas podem completá-la usando o próprio corpo.
É isso que estão fazendo professores e estudantes do IFSC em parceria com algumas escolas da Palhoça no projeto de extensão Pintura interativa: arte e literatura em foco na escola.
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O projeto educacional pretende incentivar a leitura produzindo pinturas interativas que têm como tema histórias e personagens famosos da literatura infanto-juvenil.
O trabalho transforma espaços insípidos de escolas da Palhoça em lugares que instigam a curiosidade pelas obras literárias e o interesse pela arte. Mais do que levar cor e vida para os muros, as pinturas chamam a atenção para a própria escola e criam um ambiente estimulante para a convivência e para a criatividade.
O vídeo da TV IFSC mostra o processo de trabalho na escola e o envolvimento dos estudantes.
Os alunos e funcionários das escolas foram convidados a participarem da pintura e da escolha do tema. Esses voluntários envolveram-se em uma oficina de desenho e pintura a fim de conquistar maior familiaridade com os materiais artísticos e conhecer algumas técnicas. E nós conversamos com os professores para conhecer um pouco sobre as técnicas estudadas nas oficinas e selecionamos algumas dicas para você.
Na elaboração de um desenho, são recomendadas algumas etapas:
1 Procure identificar as formas geométricas que estruturam o desenho.
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2 Comece fazendo um esboço apenas com as formas básicas e usando traços bem leves.
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3 Depois, aplique mais pressão no lápis para definir melhor o desenho.
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4 Por fim, adicione os detalhes principais como luz, sombra e cores.
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Usar luz e sombra nos permite transformar um círculo em uma esfera ou um quadrado em um cubo, por exemplo.
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Para fazer isso, imagine uma lâmpada acima do objeto desejado. Observe de onde viria a luz e identifique qual área do objeto ficaria iluminada e qual ganharia sombra.
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Para fazer issoE quanto mais próximo o objeto estiver da luz, mais claro será, quanto mais distante da luz, mais escuro.
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Nas técnicas de pintura, a mistura das cores é muito importante. Podemos criar milhares de cores e nuances de claros e escuros, adicionando respectivamente branco e preto na cor principal para marcar as sombras e luzes.
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Para pintar a parede, o ideal são pincéis com cerdas moles e compridas. Para partes grandes, usamos os pincéis maiores e os rolos, e para detalhes, os menores.
E para dar um efeito de relevo no desenho, precisamos prestar atenção no movimento do pincel. Precisa ser suave e na direção correta.
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O rolo serve para pintar áreas maiores, assim dando mais cobertura. O movimento é muito importante, tendo que ser de cima para baixo, formando um zig zag.
Pode-se usar uma esponja para criar texturas: recorte uma esponja em pedaços, do tamanho que desejar, umedeça na tinta guache e pressione sobre o papel. No caso de usar várias cores de tinta, é preciso separar um pedaço de esponja para cada cor, para não misturar.
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O contorno é sempre feito por último. São usados alguns tipos de canetas para o contorno, pois com elas o acabamento se torna mais preciso e fácil de fazer.
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Mas a dica mais importante é que para aprender a desenhar e pintar é preciso praticar bastante, desenhar e pintar muito!
O resultado do projeto é encantador. Mas será que incentivou a leitura?
Os livros selecionados como tema para as pinturas foram comprados e doados para as escolas. A avaliação do projeto está sendo feita por meio de depoimentos da comunidade escolar e de um acompanhamento para verificar quantas vezes os livros, cujas histórias foram abordadas nas pinturas, foram retirados das bibliotecas para leitura. Ainda não temos o resultado dessa análise e aguardamos pelo desenrolar da pesquisa. Enquanto isso, faça a reflexão: para você, conhecer essas obras inspira a leitura?
O projeto foi coordenado pela professora Bianca Antonio Gomes e também fizeram parte do trabalho Marcos José Santin, Luciana Finco Mendonça e as estudantes Maite da Silveira Vieira e Rita de Cássia de Jesus da Silva. Participaram do projeto, até o momento, as escolas EEB Vicente Silveira − bairro Passa Vinte, Escola Modelo no centro de Palhoça e IFSC câmpus Palhoça bilíngue.
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